domingo, 24 de agosto de 2008

A casa vazia

Foi naquela tarde fria
em que a chuva caía sem cessar.
A casa vazia.
Entrei no quarto.
Mais uma vez reparei nas fotos,
olhei para elas por alguns instantes,
enquanto sentia aquele inconfundível líquido salgado
escorrer me pela cara.
Tirei os sapatos e deixei os a borda da cama.
Deitei me.
Olhei para o tecto branco
a procura de nada em especial.
E no que era um silêncio
ensurdecedor,
fechei os olhos e sussurrei:
Salva me